10 Hábitos de Pessoas Altamente Ineficazes
(Não todos eles, apenas alguns dos mais irritantes.)
Os hábitos das pessoas altamente eficazes estão já bastante estudados por Stephen R. Covey. Os hábitos das pessoas altamente ineficazes talvez não estejam. Eis um contributo, entre a gestão geral e a função financeira.
- Wishful Thinking como mandamento de gestão. O que eu quero Vs o que eu acho Vs o que é. A confusão corrente entre otimismo entusiasta e diletantismo destruidor de equipas.
- Vício da dívida. A mania de avaliar um projeto pelo dinheiro que se reúne em vez de pôr dinheiro nos projetos, em função do que valem. A mania de tratar o dinheiro que se obtém de um investidor como fator de descanso (como se fosse uma venda) e não como fator de inquietação (devolver e remunerar). A ideia de que um projeto é ótimo para fazer com dívida, não tão ótimo se envolver mais compromissos da minha parte.
- Vício de atirar dinheiro para Fundo de Maneio. Crédito a clientes em excesso para disfarçar a ausência de qualidade vs concorrência. A confusão entre stock necessário e colecionismo. O fundo de maneio para lá do fundo de maneio – work in progress e o tempo até à faturação.
- Emotional attachment. A lógica de continuar a perder dinheiro em coisas nas quais já perdemos dinheiro, como alguém já inebriado que ainda tem senhas para pedir mais bebida.
- Procrastinação. A incapacidade de decidir para sim ou para não sem ver o custo de oportunidade da não decisão. E a incapacidade de dizer que não, quando é necessário, de forma clara e tempestiva, algo que seria/é uma inegável fonte de verdadeira autoridade.
- O “entretenimento”. Pedir uma proposta porque não custa dinheiro. Marcar uma reunião que sabemos que vamos cancelar em cima da hora. Criar uma aura colaborativa para dar a entender que se manda em coisas, que se pode. Criar uma expectativa que não queremos ou não podemos cumprir. Somos entusiastas, mas não rematamos à baliza, ou então sim, rematamos, mas a bola vai parar ao pinhal.
- A ausência de empatia assertiva. Encarar um parceiro e queremos que nos trate tão diligentemente quanto o nosso empregado do ano, mas que tratamos como o fornecedor mais indiferenciado da matéria-prima mais indiferenciada.
- Quando se fala muito sobre tecnologia, mas faz-se pouco, porque não se estudou aquilo de que se fala, não se procurou realmente pôr em prática, não se sentiu quão difícil é fazê-lo nem se percebeu que os maiores problemas da tecnologia são as pessoas que a criam e as pessoas que a utilizam. Quando se fala de cibersegurança, mas a password é “123456” e o antivírus expirou no dia em que se percebeu que não se tinha backup para aquele ficheiro realmente importante.
- Quando se fala muito sobre sustentabilidade, mas se pratica pouco. Diz-se “ESG” várias vezes ao dia, mas imprime-se tudo o que se escreve, fazem-se cópias a mais, esquecemos-nos de desligar a luz e deixamos o ar condicionado ligado no máximo com a janela aberta.
- Quando passamos metade da vida a queixar-nos do Estado gordo e a outra metade a pedir-lhe a ajuda que os bancos não deram. Não gostamos do mercado nacional, mas fazemos pouco para aceder aos outros.
O século XXI e as suas heranças.
Luís Barbosa
Financial Architect
ABC Sustainable Luxury Hospitality
Proud Ambassador Global Wellness Institute
Happiest Places to Work – Awards
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