A Lei do ruído – na Vida e nas Finanças

Uma coisa que não pára de nos surpreender é de que, em geral, espaços ligados à hospitalidade, até alguns com uma imagem e preço elevado, conferem muito pouca atenção ao ruído e à degradação do ambiente que proporcionam.

É a música ambiente que se transforma num concerto que nos impede de conversar. É a impreparação sonora do espaço que torna cada palavra num ecoante grito. São os empregados que tratam a loiça como se a quisessem partir e comunicam entre si como se estivessem num leilão. E é um dos 50 alojamentos locais do nosso bairro que não têm relógio nem bom senso.And so on.

Noutro plano, temos também observado uma proliferação de ruído na comunicação entre empresas, empresários e bancos. Do lado dos bancos, com raras exceções, por vezes parece que há tanto ruído lá dentro que o cliente não se consegue fazer ouvir. 

Do lado das empresas, fala-se demais e diz-se de menos, dentro das variáveis relevantes que podiam mesmo mudar o seu futuro na relação com o banco.

No essencial, parece-me que o ruído que se instalou na nossa vida pode ser caraterizado por um certo excesso de comunicação. Todos gostamos demasiado de nos ouvir a nós próprios. Mas nem sempre “cantamos” a música apropriada.

Menos é mais. O silêncio assente na sabedoria vale muitas vezes mais do que a conserva fiada de um fala-barato . E isto é muito latino. Há tempos, um amigo explicava-me que no contexto anglo-saxónico por ele vivenciado, tinha muitas vezes 5 minutos para se apresentar e dizer ao que ía. Impensável na nossa cultura.

Por aqui, e na semântica financeira, trabalha-se para comunicar com o mínimo ruído. E com o máximo impacto. Como naquele hotel, em que a música ambiente dispõe e proporciona uma boa conversa.

Luís Barbosa
Financial Architect
ABC Sustainable Luxury Hospitality
Proud Ambassador Global Wellness Institute

Sabedoria Financeira | Traços chave: Rigor, Transformação, Fazer Acontecer

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