AS finanças, a Guerra, a Formiga e a Cigarra.
Num contexto empresarial, aprendemos, há muito, que é importante viver abaixo das nossas capacidades.
Utilizar tempos de paz para nos prepararmos para tempos de guerra.
Criar alternativas para momentos menos bons.
Belmiro de Azevedo dizia que “não havia derrotas nem vitórias definitivas”. Os dias bons são efémeros.
Serve isto para dizer que quem projeta a sua atividade para o melhor dos cenários idílicos, acaba por criar um conjunto de responsabilidades financeiras que não conseguirá suportar, se o contexto mudar o suficiente.
A “História” está tão cheia de histórias empresariais tristes, que temos real dificuldade em compreender como ainda há quem não consiga ou não queira ver.
A gestão financeira sustentável e responsável começa na projeção de cash-flows tendo por base o bom-senso, as evidências passadas objetivas e as tendências de futuro que possam ter algum fundamento.
A função financeira tem que ser holística, andar no terreno e ser parte das soluções. Sem dúvida. Não pode comportar-se como um jornalista ou um treinador de bancada. Está lá para ajudar a fazer acontecer. Mas a função financeira também tem que funcionar como uma reserva de moralidade, credibilidade, objetividade e por vezes de independência. É necessário ter nervos de aço e pés de cimento quando surgem condicionalismos.
Nas finanças, há verdades que são verdade em qualquer indústria.
“Lapaliciano”, talvez. O que só aumenta a nossa estupefação com o número de vezes que vemos estes princípios cristalinos serem, na prática, contestados.
As finanças são para a formiga de Esopo e La Fontaine. Não são para as cigarras desta vida.
Esopo knew it all.
Luís Barbosa
Financial Architect
ABC Sustainable Luxury Hospitality
Proud Ambassador Global Wellness Institute
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