Estamos preparados para o futuro?
Se não nos orgulhamos do nosso passado, do que vivemos, do que aprendemos, dos erros que cometemos e das conquistas que obtivemos, talvez tenhamos muita dificuldade em valorizar quem somos hoje.
Quando falamos em auto-estima, esquecemos que muitas vezes a chave para abrir esta porta, está lá atrás.
Rejeitar alguma(s) experiência(s) passada(s), afasta-nos de nós próprios, aumenta o fosso de identidade entre o que verdadeiramente somos e quem gostaríamos de ser/ter sido. E isto, tanto pode ser aplicado ao individuo como ao colectivo.
Cada um tem o poder e a escolha de escrever a sua história. Nenhuma tem que ser igual. Aliás todas são diferentes. Somos seres únicos e irrepetíveis, com uma missão absolutamente exclusiva, que apenas nós e só nós, poderemos cumprir.
Olhar para o futuro – desenhar quem quero vir a ser, ou como quero evoluir, como quero contribuir e como quero impactar quem está à minha volta, só é possível se tivermos a capacidade de sentir e aceitar o presente.
E é partir desta base que, apesar deste futuro tão incerto, percebemos as tendências que nos mostram que os modelos de trabalho antigos, baseados em fortes hierarquias e burocracia desnecessária, vão deixar de ser eficientes, devendo transformar-se em modelos flexíveis e ágeis, onde o trabalho será mais focado no Talento de cada um.
De forma a apoiar e potenciar esta mudança, os RH necessitam de se tornar mais estratégicos e adotar uma visão mais abrangente, em que o seu foco deixa de ser apenas os colaboradores e passa a englobar a organização e o trabalho como um todo.
- Criar uma Employee Experience diferenciadora
O foco na experiência e no engagement dos colaboradores não é um tema nada novo, mas agora mais do que nunca, se torna essencial potenciar e o sentido de pertença dos colaboradores (principalmente aqueles que trabalham remotamente), garantindo que os mesmos possuem um sentido de propósito.
Face aos desafios que se têm feito sentir e uma vez que o trabalho remoto (mesmo que em parte) veio para ficar, as tendências evidenciam um shift para uma visão mais holística do bem-estar dos colaboradores (que vai para além do seu bem-estar físico) e para o reforço do work-life balance.
- Desenvolver competências de futuro
Outra das tendências que se tem feito sentir perante as necessidades emergentes, tem sido a escassez de talento com o skill set necessário para dar resposta aos presentes desafios, sejam eles tecnológicos, estratégicos ou de outra natureza. Várias funções deixarão de existir ou passarão a tornar-se fluidas, o que faz com que a tendência seja que o trabalho comece a ser definido com base no know-how e skill set de cada um.
A aceleração da digitalização está a tornar evidente o aumento de lacunas a nível das competências necessárias para fazer face aos desafios de futuro, que não estavam ainda desenvolvidas ou consolidadas na maioria dos casos e que irá obrigar ao reskilling e/ou upskilling das equipas nos próximos tempos.
Neste sentido, de forma a manter o sucesso da organização, os RH deverão dar prioridade à análise das competências que serão essenciais e alterar as suas estratégias consoante as mesmas, propondo esforços de reskilling e upskilling para os seus atuais colaboradores, reorganizando a sua estratégia de atração de talento, de forma a garantir o alinhamento com as competências desejadas e aumentando o seu Employer Branding de modo a atrair o melhor talento.
- Aumentar a agilidade
O reskilling será essencial, mas, de forma a ser potenciado, as organizações terão de se tornar mais flexíveis e ágeis e reorganizar as suas forças de trabalho. A necessidade de realocar ou promover talento com base no seu know-how e skill set irá sobrepor-se a modelos baseados na antiguidade e em hierarquias tradicionais e pouco flexíveis, onde o processo de decisão é demorado e pouco eficaz. De forma a aumentar a velocidade e agilizar processos, teremos de diminuir os níveis de reporte e garantir que as decisões são tomadas nos níveis organizacionais corretos.
É aqui que os RH poderão ter um papel essencial. Alterando modelos hierárquicos para modelos de forças de trabalho ágeis e flexíveis, onde o network entre as equipas é potenciado; criando novos planos de carreiras para equipas ágeis; renovando os sistemas de gestão de desempenho.
Por outro lado, fomentar um processo de decisão rápido é dar empowerment aos colaboradores para assumirem riscos, numa cultura que os recompense por isso.
Aprender com o passado, é olhar para trás e ser grato por tudo o que vivemos.
Aprender e descobrir novas respostas para perguntas antigas e novas maneiras de lidar com os desafios.
E é isto que encontramos na ABC – Sustainable Luxury Hospitality!
Sabemos que o caminho é “comunitário” e, como tal, todos são bem-vindos para que o resultado seja um despertar holístico, ou seja, que envolva o seu bem-estar físico, mental, emocional e espiritual.
Alexandra Outeiro
HR Specialist
ABC Sustainable Luxury Hospitality
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