Greenwashing – A Mentira Velada das Marcas Vazias, sem Propósito, Princípios ou Pensamento Estratégico
Já abordamos neste blog a importância de seguir o “walk the talk”, ou seja, tornar os conceitos realidade, realizar o que projetamos, fazer acontecer!
Num artigo anterior sobre a importância do marketing como pioneiro da sustentabilidade, escrevemos que “o marketing sustentável deve ser capaz de cumprir os objetivos centrais da sua atividade, gerando riqueza para o negócio e para a comunidade em que atua, respondendo às necessidades dos clientes, sem colocar em risco o futuro das próximas gerações, tanto em termos ambientais como sociais.”, e partilhámos dicas de como pensar o conceito “verde” de forma estratégica: pensar a oferta, gerar consciencialização, considerar parcerias.
Partilhámos a forma correta de agir, mas continuamos a testemunhar, como marketeers e consumidores, a escalada do “greenwashing”, e o posicionamento da indústria hoteleira entre a vanguarda das indústrias que fazem um uso abusivo do “marketing verde” – disfarçando o verdadeiro impacto de sua atividade, destacando ações ecologicamente corretas ou preocupações ambientais que, na verdade, muitas vezes nem chegam a ser abordadas nas organizações.
O que é “greewashing”?
É tão bom ter google! Pode pesquisar e encontrará facilmente variadas definições. “Greenwashing é uma forma de marketing em que o as Relações Públicas e Marketing Verde são enganosamente usados para persuadir o público de que os produtos, objetivos e políticas de uma organização são ecologicamente corretos”.
E como é que as empresas conseguem mentir descaradamente sobre as suas ações?
Falta de fiscalização e controle, diríamos. O principal objetivo do greenwashing é lucrar e tornar as empresas competitivas à custa da falta de informação dos consumidores. Para identificar o greenwashing, é preciso verificar o produto, avaliar as informações e ficar atento a diversas técnicas (referidas no blog de Neil Pattel):
- Disfarçar o impacto ambiental: destacar o benefício ambiental, ocultando o custo do processo – às vezes mais prejudicial ao ambiente.
- Reivindicações sem provas: alegar ser ecologicamente correto sem mostrar qualquer evidência da sua reivindicação.
- Troca oculta: glorificar algumas ações verdes, para mascarar outras que são na verdade prejudiciais ambientalmente.
- Linguagem e comunicação imprecisas: linguagem vaga, uso de palavras “eco”, mas sem qualquer detalhe específico.
- Informações irrelevantes: destaque sobre informações referente à preocupação ambiental mas que na verdade são obrigatórias por lei.
- Menor de dois males: utilização de ações “verdes” para ocultar outras que são prejudiciais ao meio ambiente
- Mentiras: afirmações falsas.
- Rótulos falsos: uso de logotipos que podem ser confundidos com certificados verdes, sem que o produto tenha sido avaliado pelas autoridades nesse sentido.
- Segmentação oportunista: criação de produtos eco-friendly para satisfazer um segmento de clientes, mas continuar a produzir as linhas prejudiciais para o meio ambiente
Esperamos que este artigo o ajude a despertar para esta questão como consumidor, marketeer ou hoteleiro, pois, como já foi sublinhado neste blog pelo nosso Talento de Comunicação & Marketing: “Sem visão, o “caminho é curto”, e o consumidor é sensível ao propósito e à verdade que estão seio seio de uma verdadeira marca.
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