A importância dos RH na recuperação. Só há negócios, com Pessoas!

Com este tempo imprevisto, constatamos que afinal a fragilidade humana é imensa. Percebemos que estamos todos no mesmo barco, que ninguém se salva sozinho e que todos precisamos de todos, independentemente da sua função ou categoria profissional.  

Atravessamos uma uma situação única e multigeracional – a vida que tínhamos mudou. Economicamente é um desafio complexo e que vai exigir de todos os players do mercado: estado e privados uma enorme vontade de colaboração em prol de algum maior – o País, a Europa ou mesmo o Planeta. Acredito que muitas empresas vão sair deste “imprevisto mundial” mais fortes e tudo depende da forma como estão a gerir e a actuar no presente. São os bons exemplos que devemos procurar, porque nos inspiraram a ir mais além e que nos ajudam neste “renascer”, ao que chamo: a  Esperança no meio do Caos.

NOVOS PARADIGMAS  
Recuando a 2001 ou 2008 a maioria dos nossos gestores aprendeu a gerir tempos de grande adversidade económica, lições que são muito úteis agora. Porém é importante perceber as diferenças e mudar a perspectiva, ao contrário do passado, o presente diz-nos que a retoma é inevitável, até porque estávamos a viver momentos de grande crescimento económico, ainda registados em Janeiro 2020, precisamos SIM de soluções e regras de retoma de forma a podermos prevenir e proteger quem recebe e quem viaja. 

A “normalidade” agora é online: a Marca Zoom duplicou de valor, a Uber passou a valer metade e o combustível regista quedas históricas, tudo porque uma boa parte da humanidade está em “casa”: trabalha, aprende, convive e partilha, tudo através de ferramentas e conteúdos digitais, o paradigma mudou! Somos “obrigados” a instalar, e a aprender com aplicações, seja a empresa que passou a teletrabalho, os amigos que querem socializar e a família que quer ficar mais próxima em tempos de afastamento. Esta nova realidade digital vai com toda a certeza alterar as regras do jogo: o que antes parecia impossível, o COVID 19 obrigou a ser “normal” – os processos mudaram e ainda vão mudar mais.

FLEXIBILIDADE E ADAPTAÇÃO COMO FATORES CHAVE
A Realidade contrasta entre as empresas, umas com infra-estruturas desadequadas e sistemas centralizados, que acusam grande resistência à mudança e sofrem maiores dificuldades; e empresas que perceberam que só havia uma solução – mudar e transitaram para o novo paradigma de forma estratégica e alinhada com toda a equipa envolvida, em especial quando essa decisão é Top to Bottom, garantindo maior foco e produtividade.

OS RECURSOS HUMANOS: A CRIATIVIDADE COM PROPÓSITO
É certo que nem tudo está inventado, a força de acreditar num propósito maior e de trabalhar em prol deste bem comum, são a chave que desbloqueia encontrar soluções que podem nem ser as ideias, porém são as possíveis para o momento. Ao termos presente as necessidade dos outros: as equipas e os clientes, podemos certamente encontrar resposta e formas de chegar mais perto mesmo estando longe – Acredito que podemos e temos esse dever: reconstruir o nosso mundo mais sustentável e solidário.

ACOMPANHAR AS EQUIPAS, MANTER A SUA MOTIVAÇÃO E FOCO
É a missão da Direção de Recursos Humanos em todas as empresas, não importa se é um grande hotel ou uma unidade de turismo rural – aqui a chave são as pessoas e sem elas, não temos razão de existir.

É vital que as equipas estejam unidas, focadas na estratégia, planeamento e execução, que tenham a sua gestão assegurada pelos seus directores de departamento e direção geral – é tempo de Líderes e não de Chefes. A comunicação assume aqui um papel crucial: feedback, insights, inspiração e motivação – todos os ingredientes para que todos estejam alinhados com o grande objectivo da empresa.

Os Recursos Humanos são ainda mais o fator de rápida alavancagem nesta retoma de que todos queremos fazer parte, é certo que apenas as empresas com posicionamento certo e que já estão a trabalha no regresso é que vão dar frutos a curto-médio prazo, porque só há negócio com pessoas!!!

Alexandra Outeiro
HR Specialist